-Aliste-se.Isso lhe dará algo sobre o que escrever.
-Becker,há sempre algo sobre o que escrever.

Charles Bukowski- Misto Quente.

26 de dez. de 2016

[Felicidade]

Refletindo
Analisando
Relembrando
Posso concluir que
Felicidade não é um animal astuto
Que foge, voa e desaparece
Felicidade
São instantes
Momentos em que nada é mais
Importante
Que perceber que o futuro é uma
Incógnita
Que não apavora
Mas alivia
Pois tudo é possível
A eternidade sim, assusta
O medo é da estagnação e jamais
Das mudanças.
Mude. Não corra, mas não fique parado
Olhe pros lados,
Pra cima,
pra dentro de si
Aprecie tudo que é bonito e salta aos
Olhos - do rosto e do coração
Pois felicidade são os detalhes
Escondidos em lugares comuns.

2 anos, 8 meses, 24 dias ou 3 horas?

Eu sou persona non grata em todos os corações
Eu sou aquele óculos caído numa exposição de arte
Que num primeiro momento é aceito como tal
Mas como poderia?,
Eu não me encaixo
nesses padrões psicológicos
De modernidade líquida
eu sou intensa, densa,
Pessimista,
Ninguém aceita, ninguém respeita
Ninguém quer por perto
Uma bomba emocional
Pronta pra explodir sem aviso prévio
Sem motivo
Ou com motivos que só existem na minha
Cabeça
Que voa nas nuvens
Que atravessa a Terra
E passa um tempo no Inferno
Enquanto ensaia pra abrir as asas novamente
E voar
Eu não me importo, eu não peço que você
Entenda
O que nem eu sei explicar
Eu não espero
Que você se arrependa
Por deixar eu me afastar
Eu só queria deixar claro
Que eu tenho um coração
E uma massa pensante dentro do
Crânio
E que seria de bom tom
Dizer adeus
Depois de me contar
O que é que te fez
Me deixar.


6 de nov. de 2013

Novo.

Quantas vezes quis um(a) amigo(a) pra me dizer ''segue em frente'', quando me senti desfalecer.
Quantas vezes me perdi em páginas, por noites a fio, confundindo as palavras do autor em questão com os meus sentimentos, e achando ao mesmo tempo maravilhoso e terrível (sim, as palavras dizem o que eu quero gritar, mas o autor já está morto. Ele morreu disso. Eu vou morrer de melancolia)
Quantos versos desconexos já escondi nessa gaveta... Quantos sentimentos camuflados, teorias falhas e vãs, analogias absurdas,
palavras,
palavras que eu sempre achei que me fariam criar asas e voar pra longe daqui, mas que só faziam me manter estagnada, presa.
Aí eu penso, meu deus, será que todos estão fadados a conviver com isso?, a sentir-se sempre incompleto e infeliz?, será que a felicidade e a realização são algum jogo de cartas sem fim, sem vencedor, só um embaralhar infinito?
Será?

Mas hoje, nesse exato momento,
eu sinto em mim o maior desejo de toda a minha existência inútil,...


16 de abr. de 2012

Mudou tanta coisa em mim desde que eu parei de escrever desenfreadamente.

3 de abr. de 2012

Hiato

Quanto ao fato de escrever, digo – se interessa a alguém – que estou desiludida. É que escrever não me trouxe o que eu queria, isto é, a paz. Minha literatura, não serve como meio de libertação. Talvez de agora em diante eu não mais escreva, e apenas aprofunde em mim a vida. Ou talvez esse aprofundamento da vida me leve de novo a escrever...


(Clarice Lispector)

12 de dez. de 2011

Oi.

Cá estou, de novo.
Encostada nesse muro vermelho. O mesmo muro que, quando pintaram de branco, manchou minha jaqueta de couro. Lembra?
Lembra como fiquei brava? Lembra como procuramos na internet as mais inusitadas formas de tirar a mancha? Pois bem, ela continua manchada. Acho charmoso.
Mas é que nunca fui cuidadosa com nada, você sabe. Tem todos esses enfeites de louça que compro porque acho bonitinho, mas não duram muito, não. Caem no chão.
Celular? Lembra aquele que, quando eu caí de skate, 'tava no meu bolso e nunca mais funcionou? Então. Joguei tanto ele na parede.
E tem outra coisa também que me acalma: escrever tudo que tô sentindo num papel, amassar e jogar fora. Rasgar em pedacinhos também. Eu provavelmente faria isso agora, se eu não tivesse certeza de que tinha alguma coisa bonitinha pra escrever, guardar, e depois mostrar pra você, dizendo ''ó... eu tava com saudade, aí escrevi isso pra você, enquanto esperava o ônibus.''
Acho que a saudade não é de você. Mas, bem, não me ache maluca, até o ar é diferente quando você tá perto, respirando comigo. A luz do sol é mais bonita, também.
E agora, tá tudo tão diferente e tão... vazio.
Vazio, mesmo. Olhei pro céu ontem a noite e passei tanto tempo procurando uma estrela. Não sei se é culpa da saudade, da minha miopia ou da poluição. Sei lá, né. Mas é diferente.
Mas de você, como pessoa... Pra ser sincera, não lembro a cor dos seus olhos, nem sua altura. Qual sua banda preferida, mesmo? E o filme? Não sei, não sei.
A minha banda preferida é Violins, tem uns dois anos já. E o filme - eu sempre respondo que é Minority Report, mas assisti a tanto tempo que só lembro da cena em que o Tom Cruise tira o globo ocular de um cara pra abrir uma porta. Mas quando assisti, achei demais. Hoje, talvez, meu filme preferido seja Sucker Punch. Ou aquele documentário do Bukowski. É que você nunca me perguntou, né?
E também, eu mudo tanto de opinião sobre tudo. Talvez você seja assim também.
Sabe, tem dias em que é mais difícil. Eu fico sentada, olhando pela janela, ou pros meus pés, ou pro chão, pensando no que poderia ter sido, e como teria terminado?... Se ao menos tivesse começado.
E eu penso em como eu procuro pedacinhos de você em outras pessoas, na rua, quem sabe, só pra lembrar um pouco, e eu me pergunto 'Será que se alguém passar do meu lado usando o mesmo perfume que você usava eu vou reconhecer?'



Ah, eu gostava tanto daquele perfume.


8 de dez. de 2011

21:21

I'm right here, in front of you, and I can't stop sh-sh-shaking.
I can't stop
sh-sh-shaking! Come on, and hold me still...