Algumas são quase imperceptíveis;mas acontecem.
Outras são grandes demais pra nos deixar pensar como seria,se não tivessem acontecido.
Ás vezes elas nos fazem mudar também.
Ás vezes por conta própria,ás vezes á força.
Eu olho ao redor de mim e vejo que vou ter que mudar á força.
Vejo as mudanças pequenas se tornarem grandiosas e a estrada mesmo que imperceptivelmente e tão lentamente quanto possível,tem cada vez mais curvas.E se eu não me agarrar ás rédeas do que eu quero,do que eu espero pra mim, vou acabar perdida em alguma curva qualquer,ou tropeçar e cair nas pedras da estagnação.Da inércia.
Impossível não querer pegar a primeira rotatória que aparecer, e pelo caminho de volta,consertar tudo que não deveria estar tão quebrado.Impossível não praguejar ao perceber que tem coisas que não tem conserto.
Tem cacos muito pequenos que não servem pra mais nada a não ser entrar nos meus pés (sempre) descalços e feri-los até quando eu resolver tirá-los de lá.E jogá-los pra longe do caminho,impedindo que me possam ferir mais,
Mas a inércia, ou a fraqueza, ou a preguiça, ou a desistência...me fazem deixá-los ali.
Passos incertos e feridas inflamadas definitivamente não são um bom casal,nem um bonito triângulo se adicionarmos o fator mais importante deles: passos que não sabem onde ir.
Preciso definitivamente tirar esses cacos dos meus pés.
Preciso definitivamente aceitar as mudanças.
E combater a inércia.Sempre.
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